Salvate Amici!
Da torrente de e-mails que recebo a denunciar isto e aquilo, sou levado a fazer a seguinte pergunta: o que é que queremos para o nosso País? Honestidade, transparência, justiça? Muito bem, concordo em absoluto.
Permito-me então dar o meu parecer ou, por que não, o meu catecismo?
1. Que nunca vos passe pela cabeça o seguinte: "se lá estivesse também fazia o mesmo";
2. Nunca estacionar fora de sítios legais, nem que seja deste modo: "Senhor Guarda, mas foi só um minuto";
3. Que não esqueçamos que, na cidade actual, o automóvel privado é um meio de transporte "proletário".
4. Que os senhores guardas cumpram todos o seu dever: no trânsito não existem atenuantes.
5. Que se segure nas portas até a pessoa que vem lá ao fundo chegue. Que esta agradeça e que a primeira sorria. Quanto mais atribulada a cidade, mais esta cortesia cívica é necessária;
6. Que nunca pensemos que somos melhores do que os outros: "ah, mas não há nada como a comidinha portuguesa!";
7. Que o papel da Imprensa seja exclusivamente o de informar e não o de induzir comportamentos. Não lhe cabe o papel moralizador, nem até o de "cidadania" (e vá-se lá saber o que é este clichet...!)
Posto estes apenas SETE preceitos então que se exija:
Passeios sem (perigosos) buracos;
Que o Administrador de uma empresa não ganhe € 30.00/mês, enquanto que a senhora da limpeza ganha €490 full time ou €300 part time ao mês. E como se exige isto? É com e-mails? Julgo que não. É recusando-se a trabalhar em tais condições. Depois então virá a imprensa para tornar público;
Que se recuse a triagem em hospitais, nunca passando, obediente e humildemente, por ela; é uma perigo nas urgências;
Que, quando o " médico de família" está doente, não se saia do Centro de Saúde (?) sem ser visto por outro. Que se recorra a todos os meios legítimos para tal;
Que nunca se tenha medo de quem aparenta estar num lugar de poder: médicos, a polícia, chefes, porque vivemos num Estado de Direito;
Que se pense a médio e não a curto prazo: TGVs serão um grande benefício para a Europa;
Que nunca nos esqueçamos que antes de portugueses, somos europeus;
Boa sorte para todos.
Valete,
Raulus Antonius.
P.S. Posto o que leram, peço-vos o favor de não me mandarem e-mails a denunciar isto e aquilo: ajam e bem-hajam!