Amici Salvate!
O número 3 é um número bonito. Por isso deixámos aqui ontem a Trilogia. Hoje fechamos o quadrado.
Realmente, o último ficaria incompleto sem uma nota complementar - os verbos transitivos, por exemplo com o acusativo, o complemento directo, sob a forma reflexa. Aqui creio saber qual a origem dos erros crassos que se dão actualmente na nossa língua, a saber:
- eu caso (o quê, ou quem?);
- eu vendo; vende (idem. Sim, podem pensar em coisas menos próprias, dá mesmo vontade);
- ele feriu um dedo (de propósito?);
- ela reuniu com os colegas (ou reuniu os livros que tinha?)
etcetera... (só posso sugerir que estejam atentos para mais calamidades)
Solução:
- eu caso-me ou o padre ou o conservador do registo civil casou o Manuel com a Maria;
- eu vendo o carro; vende-se o apartamento;
- ele feriu-se num dedo;
- ela reuniu-se com os colegas.
Sempre com o complemento directo porque se trata de verbos transitivos.
De ouvir brasileiros a falar, creio que este erro vem deles. Não será de todos, não sei, mas é o que se ouve pela rua. O acordo luso-brasileiro, bem..., já houve acordos ortográficos antes, mas semânticos? Não dêem estes erros porque a dá-los qualquer dia a nossa língua fica completamente esvaziada de sentido e sem língua um povo não pode raciocinar, coisa que o Poder talvez goste... Na televisão dão esses erros, ministros dão-nos, mas quem é essa gente?
E já agora: "eu sempre disse" ou "eu disse sempre"?
Valete
Raulus Antonius.