Amici, Salvate!
A ópera Carmen, de Bizet, que, segundo alguns, levou este compositor ao suicídio, por causa das más críticas, é, juntamente, com o anterior D. Giovanni , de Mozart, uma ópera que me faz pensar muito. Agora falemos da primeira, da Carmen.
Lembro-me de há uns anos, por mera coincidência, ter visto um programa sobre a Carmen na RTP 2 (?), com a " liderança" da Maria João Seixas. Dizia esta Senhora que a Carmen era o protótipo da mulher liberta, e concordo, mas não pelas mesmas razões.
Peço que, se estiverem interessados, revejam esta ópera com a máxima atenção. A Miss Seixas alegava que a Carmen era uma mulher liberta porque virou as costas ao D. José porque mudou, sem problemas, para o Toreador. Conheço bem a ópera e, cada vez que a revejo, presto mais atenção, nas várias produções, e constato que a Carmen não é a mulher livre " moderna" que muda de amante, " à la Seixas", mas é a mulher eterna que seduz o toreador para testar o amor do D. José, que anda a monte por causa dela. Ela só atinge a suprema felicidade quando morre às mãos do D. José! Machismo meu? Grandeza da Mulher e só as feministas não querem (não sabem?) compreender a grandeza Mulher! O outro dia ouvi uma escritora dizer na Telefonia que não compreendia como é que uma mulher podia não ser feminista. Que poderia responder a tal Senhora: não compreeendo um homem que não seja machista?
Pensemos em tudo isto. Amo-te Carmen!
Valete,
Raulus Antonius.