Como se não bastasse ter aprendido a falar francês aos cinco anos, agora, uns anos mais tarde, ando a aprender a tocar piano e, coisa rara, comecei hoje a aprender danças de salão. Sim , daquelas bem posidónias, pelo menos assim achava quando tinha quinze anos. Hoje em dia acho divertido. Na primeira aula, reparei como poisar a mão direita para agarrar as costas da Lady: é preciso levantar o cotovelo direito para dar o ar argentino. E, tal como no piano, tudo tem a ver com tempos, é muita giro!
Há muitos anos (serão assim tantos?) que danço o rock'n roll e o tcha, tcha, tcha e os slows, neste caso, dois passos para a esquerda, um para a direita (não era preciso levantar tanto o cotovelo direito (cansa!), afinal só dançavamos em festas e nas boîtes... não no Salão!
Chegou a hora de aprender o tango, mesmo sem ter bigode e apesar de já não fumar e de não ter a ponta dos dois dedos bem amarela, e a hora dos paso doble (lembram-se do circo no Coliseu?), dança que achava ridícula. Pois é, agora quero ser ridículo e fazer aqueles trejeitos com um par simpático e, na dança, obediente a mim, claro. The man takes the lead!
Grande meta: a finalíssima: o meu par de fato lantejoulas verde-alface, eu de blazer e de laço excatamente da mesma cor em lantejoulas, cela va de soi...
Que acham? Estou a dar sinais de arteriosclerose? Se acham que sim, previnam-me, svp!
Valete.
Raulus Antonius.