O tema da Religião está a ser cada vez mais confuso. Continua-se, em nome dela, a causar motins, guerras, agora chamadas conflitos, tal como a defesa agora se chama terrorismo, e tudo pacificamente aceite pela maioria que vive no sono democrático.
Mas propusémo-nos a falar de Religião, ou, aliás, a falar do facto de se ser ou não religioso. As posisões tomadas, entre os mais esclarecidos, são cada vez mais extremistas. Ser religioso significa agora ser retrógrado, ateu significa agora ser estúpido e dogmático e agnóstico, "politicamente correcto". Mas o que vem a ser isto?
Pode tomar-se a Religião como um fenómeno estético e estar-se bem na beleza, tranquilidade e silêncio do Templo, mas duvidar-se, ao mesmo tempo, da existência de um Deus pessoal, tal como, por outro lado, se pode ir muitas vezes ao Templo e ter-se apenas uma visão moral da Religião, com o subjacente medo da punição.
Creio que, verdadeiramente, ser religioso é gostar da tranquilidade da fuga de um Mundo atribulado e perdido desde seu início, e procur uma ligação, senão a um princípio, então a si mesmo, sem moral, i.e, sem a observência de costumes ditatoriais.
Que pensa desta reflexão?
Raúl Mesquita