Salvate Amici!
A Família é a célula de repressão política por excelência. Ao longo dos tempos, o Poder tem apregoado o seu alto valor, coadjuvado pelas Igrejas. Atenção, não falo de A Religião, mas das religiões, com as suas mais do que discutíveis morais. É no seio da Família que se exerce a repressão e que se treinam os futuros cidadãos a terem medo e a obedecerem. Platão percebeu bem o perigo humano desta célula; quis por-lhe termo. Os Espartanos, por razões bélicas, reduziram substancialmente o seu poder. Lenine percebeu o instrumento repressivo que é a Família. Mas, mais cedo ou mais tarde, todos abdicaram desta intenção, tal o peso da tradição apoiado e explorado pelos governos e pelas religiões, apelidando de ditatoriais os regimes que se propuseram a educar os jovens retirando-os à Família quando estes já não necessitavam das mães e dos pais.
Sem promover, de forma alguma, o incesto, creio que devemos compreender a sua essência. Tal como um homem de fortes convicções endoideceu ao ver bruitalizar um cavalo em Praça Pública (refiro-me, evidentemente, a Friedrich Nietzsche), a "gota-de-água" que fez transbordar toda a sua revolta causada pela incompreensão de que era alvo, também nas famílias mais tensas (mais lúcidas?) a procura da destruição da célula familiar acontece com o incesto.
Esta sim, é Amor e não Poder!
Valete.
Raulus Antonius.