16 de Novembro de 2011

 

 

 

 

 

Salvate Amici!

 

 

 

Sou um europeísta convicto, muito antes de existir a UE e quando a Comunidade Europeia era uma realidade longínqua, formada por seis países separados da Penísnsula Ibérica pelo Muro dos Pirinéus.

 

Sou europeísta porque sinto como um europeu. E o que é sentir como um europeu, perguntarão? É ter esta cultura que valoriza a cultura, que olha com algum desdém para os países novos (para falar com toda a franqueza e dizer aquilo que me ensinaram e que, lá no fundo, me marcou e marca - não o marca a si?), é preferir valorativamente a Arte ao negócio, a procura da Beleza à do dinheiro, a do Humanismo à da pilhagem.

 

Eis que chegámos a um impasse. Impasse criado, note-se. Nem o BCE está falido, nem as actuais situações grega e portuguesa são inevitáveis (a Irlanda, desde a visita da Rainha do RU, parece que caiu em Estado de Graça), mas a Chanceler alemã e o Presidente da Comissão Europeia são dois entes pró-americanos. A primeira foi eleita pela facção hiper-teutónica da Alemanha, que agora vê com bons olhos os EUA (ironias da História - desde que não seja preciso ajudar a Europa - a sua dívida de guerra foi esquecida), o segundo foi escolhido em segunda escolha por alguma facção "europeia" menos interessada na Europa.

 

Ou tudo se resolve nas próximas eleições (deixemos a Grécia, Portugal, o BCE e o FMI porque não é aí que está o fio da balança) e o partido da Senhora Merkl é substítituído, mais à esquerda, e o Senhor Durão Barroso é substituído por um verdadeiro europeísta e então a Europa pode respirar de novo ou... Adeus Arte, Mezzos, Brava HD e Olá ainda a mais séries e filmes: "Ok, you will all have your slice of pizza, but I want you all guys to have some salad" e bye bye pampa mia!   

 

 

Valete

 

Raulus

 

 

 

 

  

publicado por Raúl Mesquita às 17:27 link do post
17 de Outubro de 2011

  Salvate! A harmonia que sai deste cravo ficou interrompida para obras desde o dia 17 de Outubro, AMICI!

 

Esta beleza setecentista também está habituada ao silêncio de quase dois séculos e se não fosse pelo reviver do gosto do toque mais fino, de sala, de um órgão, inspirador da harmonia das esferas, ficaria no silêncio até a sua beleza dourada, de tampa pintada alusiva a um episódio histórico, definhar, mais devagar que a carne a desprender-se dos ossos, até cair pouco a pouco guardando o toque das recordações que vive.

 

Vai viver mais este cravo, decreto. A sua tampa. A sua tampa aterradora adverte-nos da harmonia das esferas. Anteontem o PPC, passageiro, como todos nós, muito mais do que este cravo, declarou anátema sobre Portugal se fosse concedido um perdão à dívida portuguesa como será à Grécia! Louco? Simplesmente mesquinho, mau, torcido, não como as colunas salomónicas de São Roque, quer que soframos, para que num futuro, habituados a ganhar pouco, os empresários possam explorar mais, muito mais? Perante tais palavras é o que trans-parece. 

 

A Harmonia das Esferas observa e não intervém. Entretanto muitos sofrem. A música cala-se ou toca. O cravo está ali. E nós estamos aqui.

 

Valete.

 

Raulus.
    

 

 

 

 

 

 

publicado por Raúl Mesquita às 20:17 link do post
26 de Setembro de 2011

 
Amici, Salvate!

                                                                    

            

 

 

       Os EUA na década de 50 e no início dos anos 60, quando os sindicatos ainda eram fortes e a chamada guerra fria estava no auge, tinham, por força das circunstâncias, de provar que eram melhores do que a URSS. Foi a época do Ela queria um vison, filme que contava a história de uma dona de casa, cujo marido, operário, ganhava o suficiente para manter o lar going. Muito ao gosto das fitas americanas da época, ela passava o dia com uma avental de folhos, imaculadamente branco e engomado, com um sorriso na cara e coleccionava visons em casa para o casaco. Não me lembro se chegou a fazê-lo deste modo ou se o marido, com um prémio de bom trabalho, conseguiu comprar-lhe o dito. Tudo côr-de-rosa a Ocidente! O cinzento Macartismo estava escondido por trás. A maioria ou não o via ou achava bem. Afinal havia o perigo Russo!

 

       E havia a esperança da segunda casa para todos. A casa de fim-de-semana! Alguns chegaram a tê-la. Os russos entraram na corrida, tal  como os americanos entraram na corrida dos foguetões. Os soviéticos davam dachas para o descanso merecido do operário, mas parece que, de facto, só mereciam estas cottages os membros do partido. Além Atlântico, os que desenvolviam "actividades anti-americanas" também não tinham segunda casa simplesmente porque eram presos e, em muitos casos, condenados à morte. So much for freedom!

 

       As décadas passaram e o Ocidente, com a ajuda de Sua Santidade o Pio João Paulo II, homem muito progressista, que proibia o uso de preservativos, em plena época de expansão da Sida, usando a sua propaganda e também os podres interiores dos países socialistas, conseguiu derrubá-los. E nasceu o capitalismo selvagem. Os sindicatos perderam a força. Já não é preciso mostrar, aqui no Ocidente, que somos melhores do que os outros. Com os árabes, a história é bem diferente, São, na sua maioria, povos pobres, fáceis presas, prestes a pilhagens selvagens destes cruzados americano-britânicos.

 

       Benditos comunistas! Sem vós, já não é preciso dar a segunda casa aos trabalhadotres do Ocidente para provar a nossa superioridade económica. Nem é preciso sequer dar a primeira. Podem dormir na rua. Os ricos, por seu lado, podem, à laise, ficar cada vez mais ricos, em montantes impossíveis de se usufruir, por simples vaidade de serem os mais ricos, num bárbaro desfile de plumas sobre o sangue dos pobres - A Bloody Vanity Fair!    

 

 

Valete

 

Raulus Antonius

 
 
 
 
 

 
 
 
  
 
publicado por Raúl Mesquita às 00:50 link do post
23 de Setembro de 2011

 

Amici, Salvate!

 

 

 

 

 


 

       Andei à procura da cor da música. Qui-la quente, redonda, mas definitavamente clara. Vai bem, para um Bordeaux novo? Tentei esta. Muito carregado. Sugeriram-me azul claro....

 

       As vozes escolhidas correspondem evidentemente a um gosto pessoal, o meu, mas obedecem a um critério. A voz acima de tudo, naturalmente. Naturalmente? Sim, porque há quem, na ópera, ponha os dotes de representação em pé de igualdade, senão acima, da voz... 

 

       Eis o critério que aqui está subjacente:  a Voz, em primeiro lugar, seguida da sua expressividade e então logo seguida dos dons de palco, no caso da ópera, é claro (às vezes também em Concerto). Nos casos de cantores cujos testemunhos são apenas vocais porque morreram há muito tempo, sigo o registo discográfico da voz, na sua beleza e expressividade, bem possível de se perceber, maugrado a qualidade das gravações do início do século XX.  

 

 

       Joan Sutherland sem dúvida à cabeça a abrir esta parada. Soprano lírico, potentíssimo, capaz de prodígios vocais com a maior naturalidade na aparência. De registo amplo até ao muito agudo, ligeiro, dito cloratura (má classificação, uma vez que coloratura é matização da voz), capaz de expressão dramática mas sempre lírica (Lucia de Lammermoor); Melba, soprano lírico muito potente, voz expressiva. Kathleen Battle, soprano lírico de voz redonda, aveludada, açucarada - um prazer ouvir a sua voz angélica voar por cima das nossos corpos; Valerie Masterson, injustamente esquecida, soprano lírico ligeiro, voz ágil, bela e expressiva. Excelente actriz. Maria Stader, soprano lírico ligeiro, versátil, potente, voz muito agradável. Janet Baker, mezzo capaz de coloraturas com muita bravura; Teresa Berganza, mezzo, capaz de registos mais graves, voz redonda, muito expressiva. Boa actriz. Kathleen Ferrier, contralto, voz que chora "rouca" ao cantar, mas potente, de uma beleza ímpar. Morreu nova. 

 

       Pavarotti, tenor lírico capaz de spinto a uma dimensão fantástica. Jussi Bjoerling, tenor lírico com spinto, voz macia;  Peter Schreier, tenor lírico com uma voz clara muito ampla; Anthony Rolfe Johnson, tenor lírico de voz potente e cristalina; Guy de Mey, tenor lírico com uma voz dourada no tom; Caruso, tenor dramático com uma voz expressiva; Dietrich Fischer-Dieskau, barítono com uma voz redonda e firme; John Tomlinson, baixo com uma voz profunda capaz de coluraturas com aparente facilidade no estilo e Radu Marian, um jovem sopranista que começou a cantar no século XX. Voz natural de soprano, canta num registo agudo mas simultaneamente quente e doce. Experiência musical a não perder.

 

 

       Faltam muitos? Faltarão com certeza. Esqueci-me, sem dúvida, de alguns; outros não incluí por não serem do meu agrado, outros ainda estão num limbo mental que não consigo resolver. Repararam decerto que as duas rivais dos anos cinquenta não figuram aqui...

 

       Falem-me dos vossos cantores, gostava!

 

 

Valete,

 

Raulus Antonius

 

publicado por Raúl Mesquita às 18:46 link do post
07 de Setembro de 2011

 

 

 

Salvate Amici!

 

 

 

       

 

 

Exactamente, começamos com beringelas grelhadas. Na minha versão, apenas um fio de azeite, oregãos, sal grosso preto em lamelas, um pouco de pimenta em grão da mesma cor e umas folha de manjericão. 

 

Itália! Não a das pizarias. A dos legumes e dos peixes frescos aromatizados. A de um leve cheiro a trufas na massa, no azeite, no sal depois de temperar, a da dourada grelhada com molho de limão (só), a das saladas trincantes (porquê crocantes?) e muito coloridas, que parecem acabadas de colher. Sim, essa Itália!

 

Falamos de mesa. É esta a que me apetece hoje em dia e a que como mais. Francesa, alguma, se deixarmos de lado os pratos que abusam de molhos. Sopa de peixe, com rouille, é um dos meus preferidos. Daqui, o Alentejo, sem sombra de dúvida. E, note-se, não como carne. Desde os espargos selvagens com ovos mexidos (mal) passados, à sopa de cação e às migas de bacalhau, passando pelas lulas de coentrada, creio que a cozinha alentejana bate por muitos pontos, pelas ervas-de-cheiro e pelos aromas/paladares, consequentemente, toda a outra cozinha portuguesa, um pouco boçal (muitos fritos - escapam as pataniscas, se muito bem feitas, sequíssimas).

 

Um outro ponto que não posso omitir, A Nouvelle Cuisine, instalada já há décadas, e que, cansada, passou a Cozinha de Autor e a outras designações. É uma desgraça! Não porque necessariamente incomestível, mas, se raramente de excepção, é míngua. Por outro lado, as doses nortenhas pecam pelo excesso (nunca confundir bom com muito), mas aquela, desde as entradas à sobremesa, centra-se na decoração dos pratos e pouco mais. Ora, para que esta se veja, têm de vir quase vazios. E Portugal não ficou atrás... Salada de tomates-cereja com uma emulsão de xarope de ginja: Bacalhau fresco sobre uma cama de À Brás (às vezes À Braz); Tarte de Frutos Silvestres com um coulis de Kiwi Fruit. "E esta, hein", como diria o saudoso Fernando Peça!?

 

Retomando a minha ementa de hoje, que tal, depois das beringelas gratinadas, uns choquinhos (muito pequenos e esvaziados) com tinta, em cima de fatias de pão frito muito seco (de preferência em papel pardo) e só acompanhados de mexilhões? Ah, sejam generosos com os coentros. A seguir, uma salada verde bem trincante com um azeite à escolha e um vinagre balsámico preto.  

 

Para acabar, bem, uma rodelas de laranja salpicadas de canela. Só. (Corte as laranjas uma hora antes de servir.)

 

Simplicidade! Simplicidade na mesa, na escrita, na linguagem, na maneira de estar, em tudo! É o meu lema.

 

 

 

 

Valete


 

Raulus Antonius 

 

 

 

publicado por Raúl Mesquita às 00:46 link do post
06 de Setembro de 2011

 

 

Hi there Guys!

 

And how are you today?

 

                       

 

 

 

Chegaram-me há dias, via e-mail - YouTube,  umas imagens, cujo cabeçalho, em grandes parangonas, anunciava: Faça o seu juízo. Se lhe parece que há algum exagero, concentre-se no essencial. 

Essas imagens, apresentadas como tendo sido filmadas durante as riots londrinas e só agora apresentadas (!), mostravam exclusivamente muçulmanos, uma enorme multidão deles, segurando cartazes onde se lia:  "EUROPA, HÁS-DE TER O TEU 11 DE SETEMBRO!"  e coisas do género… Agora que o 11 de Setembro de 2011 (10º aniversário) se aproxima... 

Bem, infelizmente há muita gente distraída, mas há quem não o seja. Simultaneamente também recebemos, de outro lado, imagens, com explicação, a mostrar que com cem pessoas é fácil repetir a imagem e dar a aparência de milhares. Não é preciso dizer mais nada. 

Quanto a mim, esta extemporânea e maldosa divulgação tenta (e consegue em muitos casos, infelizmente) reavivar o sentimento anti-muçulmano, agora que se avizinha o 11 de Setembro. Lembraram-se das riots… Podia ter sido outra ocorrência. Esta serviu-lhes. E serviu a quem? Aos mesmos de sempre: aos EUA e ao RU. Para quê? Para aumentarem o controlo policial sobre os cidadãos, nem especialmente por causa dos muçulçmanos em si mesmos - não passam de bate, de isco. Porque pelo RU posso eu falar que conheço bem (e julgo que se passa o mesmo com os muçulmanos residentes nos EUA). Os muçulmanos iranianos e paquistaneses, o grosso da imigração para estes países, são pacíficos e se guardam os modi vivendi a que têm todo o direito, trabalham lado a lado com os locais.

Tenho dito, excepto por uma coisa. Não falta muito tempo, mark my words, para que, primeiro no RU, logo nos EUA, depois por aqui, no Continente, sejamos constantemente importunados pela Polícia para mostramos os nosso BI ou cartão único em todo o lugar, para que sejamos alvo de buscas em nossas casas, para que sejamos presos preventivamente por simples denúncia, "mas tudo para nosso bem, por causa do terrorismo." 

"Ditadura, Fascismo, Nazismo? Não. Eles lá não votavam. Aqui votamos, somos livres. Tudo o que fazem é para nosso bem. Isto é uma democracia!"    

Raúl Mesquita.

 

See you around guys!

 

Best,

 

Raúl

 

P.S. Sorry about that, folks. These days we tend to use American expressions. It's kind of, like... cool...Cheers!

 


publicado por Raúl Mesquita às 14:19 link do post
27 de Agosto de 2011

 

 

  • Pelo menos tinham pose.
  • Amici, Salvate!
  • Queda do Império Americano 

  •  Medo de uma Europa forte, procura de destruição da mesma pela ruptura do Euro, procura desesperada de petróleo pelo Mundo fora, aumento da dívida, emissão de moeda...

  •  

  •  Queda do Império Americano?

     

Já conheço a tese da Queda do Império Americano e penso o seguinte:

 

1º - Que os EUA querem a derrocada de uma Europa Unida Forte (€), lá isso querem;

 

2º - Que, infelizmente, os EUA não estão em decadêndia, não creio que estejam. Estão a invadir em força - contrariamente à tese da analogia com a Queda do Império Romano, que caiu com as invasões dos "bárbaros". Aqui e agora os bárbaros continuam a invadir em força, com ou sem desespero; têm a força e são, infelizmente, a primeira potência mundial. Destroem quem lhes apetece (com aliados fantoche ou reais - RU), pessoas militares e civis, monumentos milenares, roubam, pilham e, em nome da democracia, derrubam "ditadores" que não sabemos ao certo se o serão ou não. Quem acredita hoje em dia no que vê na Televisão ou no que ouve na Telefonia ou no que lê nos jornais, todos na mão de magnates idênticos? Pluralismo? Deixem-me rir!

 

Posto isto, para a Europa só vejo uma solução: uma Europa forte e unida, sem Sarkozy(s) e sem Merkel(s) (com os outros nem perco tempo - faço uma excepção honrosa ao Zapatero), sem chavões, solidária e pela Solidariedade e pela Igualdade e pela Liberdade (seu lema, afinal!) Para tal só terá de se despir do chavão (mentiroso) da "falência do Estado Social".

 

Que pensam?

 

 

 

Valete

 

 

Raulus Antonius.

 

 

publicado por Raúl Mesquita às 10:25 link do post
22 de Agosto de 2011

 

 

 

Amici, Salvate!

 


 

 

     

 

 

 

    Tento escrever sobre outro assunto que não a actualidade. Não consigo. Anseio pelo regresso à outra rotina para me dedicar à escrita de mais um livro, numa tentativa de fuga a esta obsessão que se tornou a realidade. Primeiro o país, depois o Mundo. Devia, logicamente, ter sido ao contrário, mas não foi.  Caí num estado depressivo que analiso com rapidez. É fácil. O sentimento de impotência perante alguma coisa que acontece e pela qual não somos responsáveis. Sim, porque não me considero responsável pelo estado do país. O chavão "todos gastámos mais do que tínhamos" é mentira dos governantes. Todos não! Logo, nem todos devemos (presente do indicativo) pagar. Penso e repenso sobre isto. A depressão aumenta.  Depois vem o Mundo, a mentira inglesa (mais uma), o caso do abuso de autoridade da "polícia mais correcta do planeta", a manifestação que se seguiu, os abusos que aconteceram, as riots da classe Delta que não tem que fazer, desqualificada, desempregada e que vive em ghettos mal aquecidos com pizzas requentadas, overweight, sem futuro, assediada constantemente por anúncios televisivos: "tenha isto; compre aquilo", Câmaras Municipais que vão retirar habitações sociais a famílias que tiveram filhos de 10 anos envolvidos nas riots e que roubaram uma garrafa de água apenas (sic - foram filmados)... Quero sair desta realidade, mas não posso. Não posso e não devo! 

 

    A ficção espera-me como consolo. Mas não é. O próximo dever literário são Memórias. Porém tudo o que me desvie daqui e de agora é tranquilizante.

 

 

 

 

Valete

 

 

Raulus Antonius

 

  

 

 

 

 

 

 

publicado por Raúl Mesquita às 12:14 link do post
15 de Agosto de 2011

 

 

 

 

Amici, Salvate!

 

 

 

 

Eis a galeria:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

e todos os outros Neoliberais do Mundo, para além dos dois primeiros.

                               

 
 
 
                 Em tempos duros temos de ser duros! O 

PSD 

          aqui em Portugal andava mortinho para ter uma desculpa como a actual (a da troika) para pôr em prática as sua noções de economia estatal. Claro que não acredita que a dívida possa ser paga. Não acredita ele nem ninguém, a não ser o "povo" não esclarecido a quem é extorquida a carne e o tutano. Toda essa maioria vai sofrer, trabalhadores, classes médias baixas e classes médias 

médias

          , com excepção dos 

boys 

        ao serviço dos políticos, que, na sua maioria, vêm dos extractos sociais mais baixos. Sim, na realidade, o PSD conseguiu juntar-se, para gáudio seu, ao lixo desumano dos American Republican, dos Tory e Liberal Debs, no RU, da teutónica CDU ou do raivoso Sarkozy em França.

 

                  Todo o tartufismo cinzento escuro atinge de novo a sua pujança política no chamado mundo civilizado. Mr. Cameron (um desperdício artístico na figura do Tartufo, de Molière - aquela carinha bolachuda...) tem o desplante de hoje mesmo falar de crise (falta, 

sic) 

        de valores morais, ao referir-se ao que se passou em Inglaterra, escondendo a realidade. Infelizmente metade da população britânica e ocidental acreditou nele. Em entrevistas, alguns jovens responsáveis (porque também há em todas as revoluções patetas e oportunistas, que seguem os outros) puseram o dedo na ferida. O assassinato do jovem foi a gota que fez transbordar o oceano. Estes jovens vêem um mundo sem futuro e contra isto é que se revoltaram pacificamente (os tumultos vieram depois - houve alguma revolução sem exageros e destruição? - a dos cravos...). Uma jovem disse: "nós não queremos este Mundo, queremos um Estado responsável, queremos trabalhar, mas com um objectivo, e queremos viver num Mundo humanizado. Sabemos também que há deficientes e incapacitados. Queremos um Estado que não se demita do seu dever; numa palavra, queremos o Welfare State! 

 

                Que estas sábias palavras soem como um aviso para evitar futuras revoluções organizadas ou não. Num 

post 

          anterior falei da teoria neoliberal e do 

fake 

        anarquismo subjacente, da quase aniquilação do Estado e da falsa abolição de impostos que esses monstros seus apoiantes proclamam. 

 

                 Vou ser claro. No Estado Neolibaral apregoa-se cada vez mais o terrorismo e em nome dele criam-se estruturas policiais mais fortes e de defesa. O orçamento para essas forças policiais e para equipamento "de defesa" aumenta, logo, os impostos aumentam e, então, a receita também aumenta. Se os governos podem ter uma boa receita e se os milionários poderão pagar grandes impostos (que não querem, no seu egoísmo), 

pode  voltar a existir o Estado Social.

              Será que Marx errou no tempo e no contexto historico-social mas não no país? Será que a revolução começa mesmo em Inglaterra?

 

                Vejo duas alternativas para "saída" desta seriíssima crise, que as pessoas estão a tomar de ânimo leve, parece-me. Ou há eleições antecipadas no RU ou instar-se-á um regime fascista na Europa Ocidental, muito mais aberto do que o actualmente em acto. Sim, continuarão as eleições, mas o cidadão será parado constantemente para se identificar, as buscas a nossas casas, em nome da liberdade, serão constantes, as prisãos preventivas a inocentes, muito mais comuns, os tribunais serão ainda mais dependentes do Poder instituído, o medo, uma constante, tudo isto com a agravante da pobreza e da falta de solidariedade social, a não ser a da 

caridade

          , que funciona, como se sabe, alietoriamente. Protestos, revoluções, mais difíceis... O chavão

democracia

         estará nauseamente afixado por todo o lado, qual cara de Hitler ou de Stalin.  

 

             

       Duas palavras que devo, antes de encerrar. Muitos de nós falamos de Solidariedade. Alguns somos por ela. Podemos também ser, concomitantemente, pelo neoliberalismo? Há conciliação possível, sem tartufismo, pergunto? A outra: não posso, porque não devo, magoar ninguém, daí, entenda-se no meu painel, cuidadosamente escolhido, não um ataque a crenças, mas a pessoas singulares, que provaram por actos mostrados historicamente o seu tartufismo. Mais uma vez repito que o actual Papa Benedicto XVI me parece um homem superior, à medida do seu tempo, um humanista, tal como o foi João XXIII, e não um fala-barato empenhado na construção de um mundo desconstruído. 

 

            


Um Abraço Muito Forte e, apesar de tudo, cheio de esperança!

 

 

 


VALETE,

 



RAULUS ANTONIUS.
 

               


           

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Raúl Mesquita às 12:34 link do post
09 de Agosto de 2011

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

iHola!  

 

 

 

 

 

 

                

 

 

Vende-se!

 

  

 

 

    Vendem-se apartamentos, muitos, muitos, Bancos, Companhias geradoras de Electricidade, Companhias de Comunicações, de Distribuição de Água, de Transportes, vende-se a Saúde, o Ensino, tudo, quase tudo, excepto pessoas, porque se vende tudo em nome da liberdade de escolha individual.

 

 

    A burrice de quem acredita nesta liberdade é crassa. De quem a apregoa ou o é ou então há pura má fé. Com tudo privado não há escolha porque não se pode escolher entre o Estado ou o Privado e entre o privado, na actualidade, não há concorrência real porque há aglomerados de companhias que oferecem todas o mesmo, com uma capa muito ligeiramente diferente. E é este o neoloberalismo de cowboys como o Reagan, da parvenue Thatcher, cheia de ódio pela classe baixa de onde é oriunda e do beatificado, à força "santificado", para propaganda da Igreja Católica, porque popularucho, saloio e fasciszante João Paulo II (o actual Papa Benedicto XVI é um homem mais inteligente e clarividente), já previsto por Aldous Huxley no seu romance de "ficção" dos anos 30 Brave New World, "mis à jour" no seu ensaio do pós guerra The Brave New World Revisited. Mas pergunto: por que motivo não privatizam as forças policiais, tal como "os segurança", e as Forças Armadas? Sejam coerentes! E, já agora, acabem com os impostos todos, depois da dívida paga (?) já que é esse o obejectivo do neoliberalismo - a abolição do Estado - é, é, uma vez que esse gente identifica o Estado com Socialismo! Mas, na prática, caem em contradições, daí serem abjectos. São anarquistas na teoria e fascistas na prática. Que aberração, que tortuosidade, que malevolência!   

 

 

    E como depois de tudo vendido e da dívida paga (?), ficamos sem nada, excptuando o Sol, acompanhado dos Zéfiros, acho melhor vender o país a Espanha. Digo-o muito a sério. Só teríamos a ganhar. Bem sei que eles, os espanhóis, e os italianos também estão a passar um mau bocado, mas não igual ao nosso, nem há comparação. Também sei que lá há muito desemprego (cá vai haver, com a actual política), mas em Espanha há infra-estruturas e em Portugal, não. É preciso pensar a médio e longo prazo, coisa que este governo e os outros anteriores do PSD nunca fizeram. Eu estou a tentar fazê-lo. Lá fez-se. É a nossa única esperança e solução. Não, não perdíamos a identidade. Seríamos mais uma nação com a sua própria língua e costumes (os maus a abatater pelo governo central, finalmente!) e tradições, a intregrar a Península Ibérica Unida. Teríamos mais para comer material e espiritualmente. Sim, porque muito em breve vamos passar fome. Só não falo dos tycoons e dos seus criados, é claro.

 

 


    Portugal, Espanha, Europa! Sim, quero acreditar n'Ela! A Merkel e o Sarkozy não são eternos e o RU não conta para estas coisas...
 

       

Hasta Luego

 

 

 


Raúl

                                 

 

publicado por Raúl Mesquita às 09:53 link do post
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